Mapa Psicogeográfico | Estudos #2

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Tal como referimos no post "Mapa Psicogeográfico | Estudos #1, a Garagem será o ponto de partida para o desenvolvimento do mapa. Para nós, a Garagem é com um cemitério vivo de objectos do Bairro da Liberdade, um repositório de fragmentos daquele lugar, quase como se "sugadora" das características, vivências e pessoas que compõem o Bairro. Desta forma, também nós somos sugadores/respigadores daquilo que se revela nas nossas experiências e visitas ao Bairro, o que será representado no papel. Sugar! Sim, isso mesmo!

Queremos que quem vê o nosso mapa tenha a sensação de que tudo está a ser absorvido e encaminhado para a Garagem, para o buraco. Esse "tudo" que é o que retirámos do Bairro, "tudo" o que para nós serve como mapa nas nossas visitas. Os esboços estão organizados cronologicamente, de cima para baixo.

O primeiro e o segundo esboços são mapas de um caminho que nos leva à Garagem. Passando por vários locais que para nós foram significativos na descoberta do Bairro da Liberdade, levamos um pouco de cada um desses lugares para chegar ao centro, ao fundo, à Garagem. No entanto, estes têm pequenas diferenças. O primeiro esboço, com fotografias dos locais de onde levámos uma letra até formar a palavra "GARAGEM", até formar um todo, um conjunto de objectos de vários sítios do Bairro. Por exemplo, à Rua Azul tirámos o "A", à Igreja tirámos o "G", assim sucessivamente... O segundo esboço, com uma fotografia fragmentada da verdadeira Garagem do Bairro da Liberdade, com os objectos que ela contém, sendo que cada parte da fotografia corresponde a uma parte do Bairro.

Por último, o mapa ilustrado. Segundo uma relação lugares/cheiros, os objectos, que são sugados pela nossa garagem, representam para nós um sítio específico do Bairro e, por sua vez, transportam consigo os cheiros a que estes sítios estão associados.

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