Para fazer os 20 exemplares da primeira edição do MERD À SOMBRA, decidimos fazer uma primeira transferência de todos os títulos, ilustrações e letras de corpo maior para folhas a branco. De seguida fotocopiámos esta transferências 20 vezes em papel craft, para fazer os 20 exemplares. A transferência foi feita com acetona e resultou muito bem após duas experiências.
Após reformularmos alguns aspectos do Jornal MERD À SOMBRA - os enunciados podem ver-se [aqui] - apresentamos os novos thumbnails e [aqui] o conteúdo do jornal.
Vários foram os estudos que fizemos para a capa do jornal. Diferentes propostas para o nome, para a tipografia e composição da página. No fim, a escolha foi unanima.
A última vez que fotografámos o painel, ele estava assim. Fotografias, desenhos, lugares marcados no mapa e percursos feitos ao longo das visitas. Infelizmente, nem tudo o que temos vivido no Bairro da Liberdade cabe neste painel. Todos estes materiais estão neste momento num dossier de pesquisa, onde colocámos tudo o que diz respeito à primeira parte do projecto. Em breve publicaremos também fotografias desse dossier.
Este storyboard do filme "A Garagem" foi feito após as gravações. Depois de fazermos a primeira sequência do filme percebemos que há algumas alterações a fazer, que serão feitas também a este storyboard. Pode ver-se completo [aqui].
O jornal "Sentado à Sombra" foi criado especialmente para o Bairro da Liberdade. Retrata, de forma irónica e através de crónicas e sátiras, a inércia dos habitantes do bairro que, mesmo vivendo nas condições que vivem, nada fazem em relação à vida, porque não se importam. Este foi o primeiro teste impresso feito do jornal do bairro. Tendo como inspiração a primeira edição da revista MERZ, criámos um jornal somente a preto e o suporte é papel craft. O formato é 22,2x14 cm. Após esta primeira impressão, decidimos fazer algumas alterações, principalmente na capa, vamos desenvolver ainda mais os números das páginas e acrescentar conteúdo e páginas. O conteúdo já existente pode ler-se [aqui] e os thumbnails [aqui].
O primeiro livro POP UP, ou também chamado livro 3D, surgiu por volta de 1240, quando as animações não eram feitas para crianças, ao contrário do pensamento da actualidade, visto que a maioria das pessoas julga que este tipo de animações surgem apenas em livros infantis. Mais tarde, em 1775, Thomas Malton publicou A Compleat Treatise on Perspective in Theory and Practice, um livro trabalha perspectivas tanto no papel, em 2D, como no espaço, em 3D.
Estes tipos de livros começaram a ter mais sucesso a partir do século XVIII, quando a tridimensão começa a ser feita geralmente para entretenimento, principalmente para crianças. Já no século XX, a publicação do Daily Express Children's Annual Number 1 foi um importante avanço na introdução do POP UP na vida das pessoas.
Livros como o recente Princepezinho ou Alice no País das Maravilhas são excelentes exemplos que tanto fascinam crianças como também adultos, para não falar em livros que não são comercializados da mesma maneira como o “ABC” e o “Lacoste”. Um dos aspectos mais importantes na engenharia do papel é a técnica ultra secreta - pois habitualemente está escondida entre as folhas - e difícil, que tanto nos intriga e fascina, ao ponto de nos fazer perguntar “Como é que é possível?”.
Ao querer levar as pessoas a um estado de supra atração (sugação) pelo nosso livro decidimos apostar na animação, movimento e interactividade (por parte do leitor) que esta técnica permite. Queremos fazer um livro tentador.
Os POP UPS que tencionamos criar relacionam-se também com a experiência que temos tido ao longo deste percurso, na medida em que as convivências, as relações e associações de ideias que estabelecemos também aparecerem inesperadamente e de forma surpreendente.
Para realizar a cerimónia Potlatch, já tínhamos levado objectos do Bairro para os outros grupos. E porque não dar também um presente ao Bairro, às pessoas do Bairro? A verdade é que sem elas este projecto não estaria a acontecer! Por isso, dedicámo-nos a recolher algumas fotografias das pessoas que mais têm sido importantes, para nós, neste percurso: o Sr. Armindo, cuja garagem que é praticamente o centro do nosso projecto; o Sr. João, o mais perfecionista e dedicado em tornar o Bairro colorido, e que tem a horta mais bonita; e o Sr. António e a D. Adriana, que ajudámos com todo o gosto, a aparar o abacateiro e que se tornaram para nós um casal a visitar muitas mais vezes. Foi quase comovente ver quão felizes ficaram quando lhes fizemos a surpresa. Adoraram. Só o facto de terem fotografias deles próprios, do seu trabalho e algumas connosco, de 2015, foi extraordinário para eles! Provavelmente não tiravam uma fotografia há anos ou décadas. É, sem dúvida, uma experiência que queremos repetir e vamos continuar a “actualizá-los” com as fotografias que formos tirando. Esta intervenção permitiu também mostrar-lhes aquilo que tem vindo a ser o nosso trabalho.