E este foi o nosso resultado finalíssimo do projecto City Lab. Foi um prazer ser os ÀCOCA, foi um prazer estar ÀCOCA. Podemos dizer que estamos muito orgulhosos do trabalho que fizemos e que todo o esforço valeu a pena. Foi um percurso muito longo e trabalhoso mas que deu imenso prazer percorrer. Não nos podiamos ter dado melhor enquanto grupo. As discussões construtivas, as opiniões fundamentadas e a motivação que transmitiamos uns aos outros. À medida que o tempo passou, tornámo-nos um grupo cada vez melhor e, cremos nós, que isso se reflecte na evolução dos trabalhos. Ainda que tenha havido muita coisa a melhorar, fomos aprendendo com isso. A interecção com o Bairro da Liberdade, em especial com o Senhor Armindo, foi uma experiência muito enriquecedora não só enquanto designers mas também enquanto pessoas. Não ficaremos por aqui. Continuamos ÀCOCA.
Sentimos a necessidade de reformular o cartaz, por acharmos que o outro estava excessivamente abstracto e pouco apelativo. Desta forma, não quisemos chegar ao sentido contrário - fazer algo demasiado óbvio - mas quisemos mostrar um pouco do túnel, mas não revelar as cores nem focar todos os objectos.
Estes foram os postais que fizemos com as histórias que nos foram contadas pelos bairristas e que nos inspiraram na criação deste Túnel de Memórias.
Esta foi a 4ª edição do jornal MERD À SOMBRA. Nele expomos todo o percurso até ao final do Projecto 3, o Túnel de Memórias. Relatos em texto e registos fotográficos recheam este jornal. Ele foi baseado não apenas numa Merz mas nas edições 16/17 e 20. Escolhemos as folhas azuis pela relação que têm com o Túnel e com o conceito à volta desta cor que foi explicado anteriomente. Mostramos também quais foram as nossas referências base para chegar ao resultado final deste projecto, bem como as histórias que os bairristas nos contaram e tanto nos inspiraram.
Por fora. Azul. Por dentro. Cores. Formas. Texturas. Um pouco de tudo. Um pouco de
nada. Um mundo de objectos e recordações em forma de túnel. O Túnel de Memórias.
Um túnel revestido de pedaços de madeira pintados de azul, azul-da-garagem, apenas
do lado que se vê no exterior. Porquê azul? Várias são as razões… Primeiramente, é o
mesmo azul do portão da garagem do Senhor Armindo, que foi o ponto central de todo
o nosso projecto. Em segundo lugar, é o mesmo azul com que o Senhor José João deu
vida ao bairro, símbolo de dedicação. Por último, o azul, a cor do túnel, é uma forma de
seduzir as pessoas para que entrem nele, visto que é a cor que caracteriza o Bairro da
Liberdade e é familiar aos seus habitantes.
Por fora. Azul. Por dentro. Cores. Formas. Texturas. Um pouco de tudo. Um pouco de
nada. Foi tudo isto que transportámos para o nosso túnel. A vida dentro do túnel está
em constante transformação. Os objectos vão e vêm. É livre a transição e não há limites
para a memória. Representámos numa escala de 1:20 apenas dois lances de escadas
de um total de onze, para que fosse possível perceber mais pormenorizadamente o que
é o Túnel de Memórias e o que estará lá dentro.
O terceiro dia de construção da maqueta teve como objectivo terminar todas as faces dos prédios, fazer as plantas e começar a cobrir o túnel bem como a enchê-lo de objectos. Para cobrir o tecto utilizámos balsa, posteriormente pintada de azul. As plantas são feitas de feno que pintámos de branco. E os objectos que vão estar no túnel são brinquedos e objectos antigos que fomos "buscar ao báu". A maqueta está cada vez mais composta e estamos muito satisfeitos com o resultado!
